Confira a entrevista que concedi ao JP sobre minha mudança partidária

Confira a entrevista que concedi ao JP sobre minha mudança partidária


JP – Deputado, como você chegou ao PDT e o que destacaria nesses anos que esteve no partido?

GIL CUTRIM – Filiei-me ao PDT em agosto de 2015, em solenidade no Centro Histórico de São Luís, ao lado de políticos nacionais e locais. À época, ocupava o cargo de prefeito de São José de Ribamar, terceiro maior município do nosso estado, e em meio aos desafios da crise econômica que se instalava em nosso país, consegui entregar à população ribamarense mais de 500 obras e ações, destacando-se a construção de 01 maternidade, 10 unidades básicas de saúde, Samu, Central de Marcação de Consultas, 03 CRAS, 01 CREAS, 06 escolas, dentre elas o Liceu Ribamarense II, 03 creches, 16 escolas reformadas, 44 revitalizadas.

Também entreguei 40 km em pavimentação, 108mil m2 de recuperação asfáltica, valorização do servidor público concedendo o Plano de Cargos, Carreiras e Salários aos profissionais do magistério e mais de 77% de aumento durante os 06 anos de mandato, auxílios alimentação e de localidades de difícil acesso, além de gratificar a guarda municipal em mais 67% para o diurno e 92% para noturno, e muito mais outras obras e ações. No partido militei junto aos movimentos, às comunidades, abracei causas e incentivei a cultura local. Me elegi deputado federal em 2018, o único pelo partido naquele pleito. No PDT, fiz amigos que levarei para toda a vida. Aprendi muito, e tais ensinamentos carrego comigo como experiência.

JP – O que o levou, então, a deixar o PDT? 

GC – O processo de saída do PDT iniciou com o projeto enviado pelo governo federal da reforma da

Previdência. Respeitei o posicionamento do partido e na Comissão de Constituição e Justiça, apresentei um voto em separado defendendo os pontos principais que o partido defendia, como mudanças previstas na aposentadoria rural e no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e deficientes de baixa renda, onde se o idoso não tivesse tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele deveria continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos, o que seria desumano.

A mudança na aposentadoria rural foi outro ponto crítico de contribuição da desigualdade que batalhei pessoalmente por meio de emenda, onde a idade mínima fica mantida em 55 anos para mulheres e 60 para homens. Pelo governo, o trabalhador rural não poderia se aposentar por idade sem nunca ter contribuído; e do regime de capitalização que o Governo queria criar, o que tiraria das empresas a responsabilidade pela aposentadoria do trabalhador.

A partir daí o projeto inicial foi alterado em Comissão Especial, onde o PL não conflitava mais com a ideologia partidária. Sendo assim, votei favoravelmente à reforma da Previdência.

JP – Foi este seu voto favorável, então, que desagradou a direção do PDT?

GC – Em consequência disso, gerou-se um conflito dentro do partido, ocasionando perseguição, retaliação antes mesmo de qualquer processo administrativo e sem o direito a ampla defesa. Nesse sentido, houve a judicialização, por minha parte, em busca da justa causa do meu mandato. Seguindo os trâmites e respeitando todos os ritos procedimentais pelo Diretório Estadual, o processo finalizou em março de 2021.

JP – E a sua filiação ao Republicanos, como ocorreu e qual é a sua expectativa em relação ao partido?

GC – Na oportunidade filiei-me ao Partido Republicanos, agremiação partidária que me acolheu e na qual depositei as minhas perspectivas e planos de futuro, para que eu possa trabalhar ainda mais pelo nosso estado do Maranhão. No Republicanos, além de amigos, encontrei a ideologia que faz parte de minha trajetória, e tenho acreditado que nele irei trabalhar ainda mais pelo povo brasileiro, sobretudo o maranhense.

JP – Que projetos você acha que o seu novo partido deve defender no Congresso? 

GC – O Republicanos tem defendido pautas de enfrentamento da Covid-19, as reformas e pautas de interesse dos brasileiros. Mas a prioridade são as medidas de enfrentamento, de combate ao coronavírus e imunização da população.

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