Maranhão ganhará presente com acordo de Alcântara
O projeto que trata do lançamento de satélites a partir da base de Alcântara, no Maranhão, o qual contém o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) assinado entre Brasil e Estados Unidos, é uma grande oportunidade para impulsionar o programa espacial brasileiro e oferecer investimentos que levem avanços socioeconômicos à região. O Maranhão ganhará um presente por, finalmente, ver funcionar de forma efetiva sua base, que perdeu mais de 20 anos de desenvolvimento, o que é inaceitável quando é almejada pelo mundo inteiro devido sua localização geográfica, considerada uma das melhores do mundo para lançar satélites.
Também é importante levar em consideração que não há como negar que um acordo com os EUA, sendo este um país que domina a tecnologia no setor, não seja o melhor cenário do ponto de vista estratégico, econômico e social para o Brasil. A estrutura já existe e precisa ser utilizada de forma inteligente. Além da viabilidade comercial e de guardarmos as tecnologias norte-americanas utilizadas na base, temos a expectativa de que, nos próximos cinco anos, seja injetado na economia do estado um valor em torno de US$ 4 bilhões, o que vai movimentar a economia e, consequentemente, gerar empregos na região.
O Brasil será colocado em outro patamar estratégico. O acordo trará progresso para a região e para o País, onde nunca teve um programa espacial bem aproveitado. Porém, toda mudança deve preservar a sustentabilidade. Alcântara é reconhecida oficialmente como um território étnico quilombola, protegido pela Constituição. É preciso haver respeito à população quilombola que vive na região e a preservação de sua cultura, bem como a geração de novas perspectivas.
Parabenizo a bancada maranhense na Câmara dos Deputados por, desde o início, acompanhar de perto essa questão, com a intenção de tornar isso possível. Uma agenda que garanta o desenvolvimento do nosso Maranhão e de nossa Nação é, e sempre deverá ser, um compromisso de todos.